Ninguém Quer - Crítica
25 de outubro de 2024
"Ninguém Quer", nova série da Netflix, surpreende ao entregar uma comédia romântica leve, cheia de charme e personagens envolventes. Inicialmente, parece mais uma produção despretensiosa, mas logo cativa o espectador com seu ritmo agradável e personagens carismáticos. Protagonizada por Kristen Bell e Adam Brody, a série acompanha Joanne, uma apresentadora de podcast sobre sexo e relacionamentos, e Noah, um rabino recém-solteiro. O casal improvável traz um contraste interessante, mas, ao mesmo tempo, uma química inegável que faz o público torcer por eles desde o primeiro episódio.
Com diálogos ágeis e um humor afiado, "Ninguém Quer" consegue se destacar dentro de um gênero que frequentemente cai em clichês. Aqui, os obstáculos no relacionamento, como diferenças religiosas e familiares, são superados de forma direta e madura, com conversas francas entre os protagonistas, evitando muitos mal-entendidos que costumam atrasar a narrativa. Isso dá à série uma sensação refrescante, onde os personagens agem de forma realista, sem dramas exagerados.
O elenco secundário também brilha, com Justine Lupe e Timothy Simons oferecendo alívios cômicos eficazes e dinâmicas interessantes com os protagonistas. As mães de ambos, especialmente a de Noah, interpretada por Tovah Feldshuh, se destacam como figuras que adicionam camadas de humor e tensão.
Embora a série tenha um final idealizado, é do tipo que deixa um sorriso no rosto, perfeito para quem procura algo leve e agradável. "Ninguém Quer" é uma ótima escolha para aqueles que buscam uma história divertida com potencial para crescer em futuras temporadas. Mesmo sem grandes pretensões, a série conquista com sua leveza e química entre o elenco, lembrando o quanto uma boa comédia romântica pode aquecer o coração.
Avaliação: 4,5 / 5 ⭐