Branca de neve - Crítica

20 de março de 2025Imagem principal

O live-action de Branca de Neve tem suas qualidades, com uma história atualizada para se conectar melhor com os tempos modernos, mas tem algumas falhas ao tentar capturar a magia do clássico de 1937.

Rachel Zegler, no papel de Branca de Neve, cumpre bem a função, trazendo a doçura da personagem. No entanto, ela não consegue entregar toda a essência da Branca de Neve que conhecemos, como a pureza e encantamento do original. O que realmente se destaca em sua atuação é a sua voz. Rachel canta lindamente, e a sua performance vocal é uma das melhores qualidades do filme, especialmente em cenas como a nova canção "Waiting on a Wish", que se tornou um dos momentos mais emocionantes da produção.

Os Sete Anões, agora transformados em criaturas mágicas por CGI, estão bem feitos, e é algo que resgata bem a nostalgia da animação original. A aparência deles, apesar de virtuais, foi cuidadosamente trabalhada para remeter aos personagens conhecidos, e eles trazem um toque de diversão e leveza à trama. Inclusive, um deles em especial, trouxe uma emoção a mais ao filme.

Em relação à história, gostei das novas adições. A trama apresenta algumas mudanças interessantes que acrescentam bons momentos, especialmente com a Branca de Neve assumindo mais protagonismo. Ela se torna uma personagem mais ativa, o que torna a narrativa mais empolgante.

No entanto, a performance de Gal Gadot como a Rainha Má foi um grande ponto negativo. Sua atuação ficou extremamente caricata, principalmente no número musical da vilã, que ficou forçado e sem a carga dramática necessária. Gadot não conseguiu transmitir a intensidade que se espera de uma vilã como a Rainha Má, e a cena, em vez de impressionar, acabou sendo um dos momentos mais fracos do filme.

Em relação à música, as canções em sua maioria são bonitas e funcionam bem no contexto da história. No entanto, algumas delas parecem desnecessárias, e o excesso de números musicais acaba sobrecarregando o filme. Uma seleção mais cuidadosa teria feito o ritmo fluir de maneira mais eficaz.

No geral, Branca de Neve é um filme que, embora não consiga ser uma adaptação à altura do original, tem momentos tocantes, agradáveis e com certa nostalgia.  Só que, apesar de todas as tentativas de modernizar a história, é evidente como pode ser difícil adaptar um conto tão simples e, ao mesmo tempo, icônico para as telas. Às vezes, viver apenas em nossa memória e fantasia é o que mantém a magia de um desenho da Disney intacta.

Avaliação: 3 / 5 ⭐


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