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Bridgerton: 3ª temporada | Crítica

13 de junho de 2024

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A 3ª temporada de Bridgerton retornou com a mesma energia envolvente que cativou os fãs desde o início, destacando-se por suas histórias de amor com muita química e um jeito inovador de apresentar romances históricos com personagens complexos e conflitos autênticos. A minissérie derivada Rainha Charlotte serviu como um lembrete do que a série principal faz de melhor, e agora, após uma espera de dois anos, Bridgerton está pronta para ser medida novamente por essa régua.

Desde o 1º episódio, notamos mudanças significativas em relação à temporada anterior. O casal protagonista do segundo ano, Anthony (Jonathan Bailey) e Kate (Simone Ashley), aparece mais como um fan service, rapidamente saindo de cena para dar lugar ao novo casal central: Colin (Luke Newton) e Penelope (Nicola Coughlan). A trama se concentra neles, explorando um romance que os fãs esperavam ansiosamente.

As casas Bridgerton e Featherington continuam a ser núcleos importantes, mas um destaque inesperado é o arco de Will Mondrich (Martins Imhangbe) e sua família. O ex-lutador herda um título de barão, elevando o status de sua família e trazendo novos conflitos e temas para a série. Esse novo desenvolvimento adiciona profundidade à trama e expande o universo da série de forma interessante.

No núcleo Featherington, Prudence (Bessie Carter) e Phillipa (Harriet Cains) agora estão casadas e buscam um herdeiro, proporcionando momentos cômicos que funcionam bem dentro do novo contexto da série. Já no núcleo Bridgerton, Francesca (Hannah Dodd) ganha destaque como debutante, oferecendo uma perspectiva refrescante sobre o casamento e a sociedade.

Penelope, uma das personagens mais queridas, brilha como protagonista graças ao carisma de Nicola Coughlan, que entrega uma performance versátil e envolvente. Infelizmente, o mesmo não pode ser dito de Colin, cuja transformação rápida e sem desenvolvimento adequado causa estranheza, e Luke Newton pareceu não se adaptar tão bem ao novo tom de seu personagem.

Os 4 primeiros episódios da temporada trazem os elementos que tornaram Bridgerton especial: momentos musicais memoráveis, drama familiar, fofoca e romance. A série continua a encantar com o casal protagonista, suas subtramas bem desenvolvidas e seu compromisso com a estética e a narrativa.

Os cenários e figurinos continuam incríveis, e a adaptação de músicas contemporâneas para versões orquestradas adiciona um toque único à série. A química entre Coughlan e Newton, especialmente nos momentos clássicos de friends-to-lovers, é um ponto alto e deixa os fãs super apaixonados.

Já na 2ª metade da temporada, Bridgerton mergulhou em segredos e tensões, especialmente com a revelação da identidade de Lady Whistledown. Penelope se destaca na busca por seu verdadeiro eu, proporcionando ótimos diálogos e momentos emocionantes. O enredo de Lady Whistledown é explorado com maestria, combinando um bom roteiro com a exploração de diferentes conflitos e personagens.

O casal protagonista tem um desfecho feliz, e quase todos os personagens recebem o desenvolvimento necessário. Benedict, por exemplo, ganha profundidade, preparando-se para futuros arcos. A história dele começa de forma lenta, mas ganha destaque nos episódios finais, sugerindo que será o próximo protagonista.

Apesar das mudanças em relação aos livros de Julia Quinn, especialmente a alteração de Michael para Michaela, que gerou polêmica entre os fãs, a produção mantém seu charme com figurinos impecáveis e trilhas sonoras modernas, entregando romance, drama e intriga. Bridgerton promete muitas surpresas para o futuro, apesar de alguns tropeços ao longo da temporada.

Em resumo, a 3ª temporada de Bridgerton mantém muitos dos pontos fortes que fizeram a série um sucesso, enquanto introduz novos elementos e personagens que prometem enriquecer futuras temporadas. É uma fascinante exploração dos romances e intrigas da alta sociedade londrina, embora com desafios narrativos que poderiam ser melhor trabalhados para uma experiência ainda mais envolvente.


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